terça-feira, 8 de setembro de 2015

Está na hora de voltar ao Brasil? Talvez sim...ou não. Mas devemos respeitar escolhas pessoais.

Ele venceu no exterior. E depois de 11 anos vivendo no Canadá, resolveu voltar. Por quê? Marcio Leibovitch conta o que mais machuca um expatriado - por mais bem-sucedido que ele seja

Nos atrasamos em escrever este post mas antes tarde do que nunca. Explicamos.

O Marcio Leibovitch é um brasileiro que mora (ou morava) no Canadá e escreveu um post interessante sobre os motivos que fez ele decidir em voltar ao Brasil. Marcio morou no exterior por 11 anos e trabalhava como engenheiro. Muitos blogs escreveram sobre o tema. Umas pessoas com um nacionalismo idiota afirmaram que o Brasil agora é "potencia e tudo o mais" e apoiavam a volta do blogueiro. Uns pessimistas escreveram dizendo que o rapaz é maluco pois o Brasil é pior que o " Afeganistão". Blogueiros também se dividiram ao escrever sobre o tema.

Marcio explicou os seus motivos pessoais que o fizeram tomar a decisão. Todos muito compreensíveis.

Mas o que o blog Verdadeira Italia acha disso?

Primeiro, que a decisão do blogueiro deve ser respeitada sem ofensas. Muita gente deslumbrada que nunca saiu da sua cidade em um raio de 100 km acham que a vida no exterior é fotos de Facebook, viagens e tudo o mais. Ninguém enxerga o trabalho do dia-a-dia, stress, dificuldades, prazeres e outras coisas que fazem parte da vida. Estas coisas existem aqui no exterior também, galera. Ele com 11 anos morando no  Canadá deve ter muita coisa pra contar e conhece muito mais que pessoas que acham que o exterior é aquela coisa de novela.

Segundo, cada pessoa pesa uma coisa na vida. Umas pessoas pesam o dinheiro, outros a família, outros viagens e assim vai. Outros um conjunto destas coisas ou outras coisas. Tudo isso é uma coisa pessoal e ninguém tem direito a julgar outra pessoa que vive e trabalha honestamente. O Marcio sabe o que quer e o que é melhor pra ele. Respeitem.

Terceiro, as coisas podem mudar. A vida muda e você deve se adaptar sem perder foco, sem ferir ninguém, mantendo a sua meta e os bons valores que alguém ensinou pra você. Faz parte. O Marcio talvez esteja passando por uma nova fase da vida. Perfeito. Ele sabe que com todas escolhas, surgem coisas boas, ruins e responsabilidades.

Mas existe uma coisa ruim disso tudo. Não falo do Marcio ou do seu texto. Li o texto do Franco, um italiano casado com uma brasileira que escapou para o Brasil para conseguir emprego e possui um blog. O detalhe é que o Franco odeia o Brasil com todas as suas forças. Ele reclama de tudo mas eu digo tudo mesmo relacionado ao Brasil. Do tempo, das pessoas, da comida e de qualquer coisa relacionada ao Brasil. Ele nos estereotipa de muitas formas. Ele abriu um restaurante mas nestas horas adora o $$ do povo brasileiro.

O Franco escreveu um texto bem mal educado e ofensivo sobre a escolha do Marcio, taxando o Marcio como o brasileiro muito emotivo, como um fraco, como uma pessoa imatura, uma pessoa que amarelou. Nada mais longe da verdade vindo de uma pessoa que viveu no exterior e cultura completamente diferente (embora ainda sejamos Ocidente) e que venceu.

O Franco perdeu o foco como sempre faz e partiu para ataques gratuitos como sempre faz quando é exposto com a realidade de outras pessoas. Ele é um homem adulto mas ainda parece não ter amadurecido e compreendido sobre a vida, suas escolhas e a respeitar a vida dos outros que trabalham, vivem honestamente  e pagam as suas próprias contas sem viver de estereótipos. Ele como uma pessoa que mora em outro lugar ainda acha que vive na Itália, algo muito comum entre italianos e a sua mente fechada. Tanta amargura nesta pessoa que odeia tanto o Brasil e ama tanto a Itália mas é covarde para viver uma vida infeliz ao invés de voltar pra Itália "o paraíso na terra".

Para finalizar, desejamos aqui da Suíça muita sorte e sucesso ao Marcio Leibovitch e seus familiares e outras pessoas brasileiros ou estrangeiros que tomam uma decisão importante destas.


Link do texto do Marcio aqui
Marcio LeibovitchM
Marcio Leibovitch
Marcio Leibovitch
Marcio Leibovitch
Marcio Leibovitch

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Fatos sobre o Fabio Barbiero e o blog minha saga.




Hoje quero falar de um blog sobre cidadania italiana depois de ver um vídeo. O blog em questão é o Minha Saga e se refere diretamente a cidadania italiana. O blog é escrito pelo blogueiro Fabio Barbiero.

Primeiro, o blog é muito informativo e tem muita informação de qualidade. Neste ponto,  no aspecto técnico da coisa, concordo com quase 95% do que o blog afirma e o Fabio escreve. Ele também deixa umas dicas papo reto bem estilo ao nosso blog, o Verdadeira Italia, para pessoas que vivem no mundo da fantasia. Também concordo com isso. O conselho dele em respeitar a cultura local, aprender o idioma e NUNCA forçar aquela brasilidade falsa e forçada de samba, carnaval e futebol na rua é o melhor de todos. Lembrem-se: no exterior você não esta no Brasil.

Infelizmente, existe um lado que discordo mais. Isto faz parte. Ninguém precisa concordar com outras pessoas sempre e também quem sou eu para querer comandar opiniões alheias. O que perde credibilidade é distorcer fatos em virtude de uma paixão familiar seja ela lusitana, holandesa, italiana ou nacionalismo cego brasileiro como diz o povo deslumbrado. E isto cabe ser discutido.

Não conheço o Fabio pessoalmente e o que sei dele é através de blogs e vlogs. Quando ele fala da parte técnica da coisa e de fatos ele é quase 100%. Mas ele tende a negar fatos muitas vezes para provar que a Itália é superior aos lugares do planeta  em virtude da sua "paixão" e negar a realidade.

O Fabio parece (não o conheço pessoalmente) ser aquele tipo de brasileiro que se acha italiano. Nos mais de 10 anos que morei na Itália conheci muitos destes. Pensam serem os maiorais por terem um sobrenome italiano. Sou de origem portuguesa e conheço pessoas que tem este orgulho babaca de "sou italiano, lusitano, africano, japonês,...". Quando chegam na terra dos antepassados eles fazem um esforço descomunal não para se adaptar e aprender (isto faz parte e é bom). Eles passam deste ponto e chegam a negar a realidade para afirmar x nacionalidade.

Exemplos: Uma pessoa Z tem 35 anos. Nasceu, cresceu e viveu por 35 anos no Brasil. Vai pra Noruega e mora lá por 3 anos. A pessoa começa a dizer que é norueguesa. Isto é loucura, né? Mas é o que mais existe na Itália. E isso não é coisa somente de Brasil. Quando morei na Austrália conheci umas italianas que para parecerem mais "integradas" a cultura australiana liberavam a pepeka geral pros australianos e assim se autoafirmarem perante as meninas espanholas com quem dividiam uma casa. E nem vou falar das brasileiras que sempre repetem aquele padrão funkeiro mundo afora e aquelas que ficam em silencio quando as funkeiras causam mas colocam a culpa na lua (????) Tudo isso para a famosa "integração".......

Mas e o passaporte europeu que eu tenho agora, Druida? Galera, existem milhões de pessoas com passaporte europeu. Vocês não são os escolhidos da Matrix. O seu passaporte da direito para você viajar, permanecer por tempo indeterminado, trabalhar, residir. Mas a não ser que você tenha saído do Brasil criança pequena e criado em um novo lugar você nunca vai ser um deles (escolha a nacionalidade que desejar). Você pode se integrar, saber do lugar mas sempre vai ser um brasileiro. Isso vale para quem tem passaporte europeu, japonês, africano, etc e etc. Você pode ter 5 nacionalidades e passaportes e aprender coisas em diversos lugares mas nacionalidade não é como roupa que você troca.

E o orgulho da minha família, Druida?  2015, pessoal. Eu tenho orgulho dos meus antepassados mas eles falecerem ou virão a falecer. Os respeito mas eu sou eu e tenho orgulho do que sou, do que faço, tento construir a minha historia. Ponto final. Bola pra frente.

A que ponto chega o fanatismo de se integrar ?Sei de pessoas brasileiras que vieram morar na Itália por 2 anos que brigaram com outros brasileiros por "não cortarem pizza ao modo italiano". Ou por usarem um molho de pasta não italiano e aqui posso dar um milhão de exemplos sobre picuinhas que presenciei na Itália de gente maluca que quer se autoafirmar como falsos nativos. Eu cozinho bem , adoro cozinhar, conheci muitos lugares e sempre aprendi coisas novas mas nunca ao ponto de brigar com outra pessoa para provar uma coisa que não sou e aparecer no Facebook ou no falecido Orkut como "a pessoa integrada".


Em um outro vídeo do Fabio ele afirma que não existe crise na Itália. E claro, pega como exemplo o amigo do amigo que tem trabalho. Aquela pessoa que diz não generalizem mas generaliza pegando ela como exemplo. Hoje a Itália começa a dar uns passos lentos de recuperação mas muitos italianos ainda hoje migram para a Austrália, Reino Unido, EUA e Brasil. A crise existiu de fato e para uns ainda existe.

O Fabio não sei se viaja muito ou morou em outros lugares mas ele parece sofrer de uma coisa comum com brasileiros que se fecham na sua bolha de vidro em terras italianas. As pessoas acham que a Itália é padrão de comportamento em tudo. Muita calma nesta hora. Em muitas coisas a Itália passa longe de ser exemplo assim como o Brasil. Ambos podem possuir uma ou outra coisa exemplar mas em geral não são aquela Brastemp. Devo avisar ainda em 2015 para algumas pessoas sem noção que todo lugar possui defeitos e qualidades. Vamos acordar pessoal.

Basta você pegar um avião e ir visitar uns lugares na Europa que você vai ver europeus que nada se importam em como comer uma pizza, se você tem sotaque, se você detesta café ou vinho. E ninguém vai xingar ninguém por isso. Sem picuinhas. Cada um tocando a vida. Claro que uns são racistas como existem em qualquer lugar, mas ninguém vai te incomodar porque você cortou uma pizza diferente. Esta doideira que beira a doença acontece somente na Itália.

Saiam da Itália, pessoal. Peguem a avião para conhecer um outro lugar e quebrem este padrão de comportamento italiano achando picuinhas uma coisa normal na Europa. Não é normal e revela uma boa parte da cultura de um povo traumatizado. Abram a mente de vocês.