segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Fatos sobre o Fabio Barbiero e o blog minha saga.




Hoje quero falar de um blog sobre cidadania italiana depois de ver um vídeo. O blog em questão é o Minha Saga e se refere diretamente a cidadania italiana. O blog é escrito pelo blogueiro Fabio Barbiero.

Primeiro, o blog é muito informativo e tem muita informação de qualidade. Neste ponto,  no aspecto técnico da coisa, concordo com quase 95% do que o blog afirma e o Fabio escreve. Ele também deixa umas dicas papo reto bem estilo ao nosso blog, o Verdadeira Italia, para pessoas que vivem no mundo da fantasia. Também concordo com isso. O conselho dele em respeitar a cultura local, aprender o idioma e NUNCA forçar aquela brasilidade falsa e forçada de samba, carnaval e futebol na rua é o melhor de todos. Lembrem-se: no exterior você não esta no Brasil.

Infelizmente, existe um lado que discordo mais. Isto faz parte. Ninguém precisa concordar com outras pessoas sempre e também quem sou eu para querer comandar opiniões alheias. O que perde credibilidade é distorcer fatos em virtude de uma paixão familiar seja ela lusitana, holandesa, italiana ou nacionalismo cego brasileiro como diz o povo deslumbrado. E isto cabe ser discutido.

Não conheço o Fabio pessoalmente e o que sei dele é através de blogs e vlogs. Quando ele fala da parte técnica da coisa e de fatos ele é quase 100%. Mas ele tende a negar fatos muitas vezes para provar que a Itália é superior aos lugares do planeta  em virtude da sua "paixão" e negar a realidade.

O Fabio parece (não o conheço pessoalmente) ser aquele tipo de brasileiro que se acha italiano. Nos mais de 10 anos que morei na Itália conheci muitos destes. Pensam serem os maiorais por terem um sobrenome italiano. Sou de origem portuguesa e conheço pessoas que tem este orgulho babaca de "sou italiano, lusitano, africano, japonês,...". Quando chegam na terra dos antepassados eles fazem um esforço descomunal não para se adaptar e aprender (isto faz parte e é bom). Eles passam deste ponto e chegam a negar a realidade para afirmar x nacionalidade.

Exemplos: Uma pessoa Z tem 35 anos. Nasceu, cresceu e viveu por 35 anos no Brasil. Vai pra Noruega e mora lá por 3 anos. A pessoa começa a dizer que é norueguesa. Isto é loucura, né? Mas é o que mais existe na Itália. E isso não é coisa somente de Brasil. Quando morei na Austrália conheci umas italianas que para parecerem mais "integradas" a cultura australiana liberavam a pepeka geral pros australianos e assim se autoafirmarem perante as meninas espanholas com quem dividiam uma casa. E nem vou falar das brasileiras que sempre repetem aquele padrão funkeiro mundo afora e aquelas que ficam em silencio quando as funkeiras causam mas colocam a culpa na lua (????) Tudo isso para a famosa "integração".......

Mas e o passaporte europeu que eu tenho agora, Druida? Galera, existem milhões de pessoas com passaporte europeu. Vocês não são os escolhidos da Matrix. O seu passaporte da direito para você viajar, permanecer por tempo indeterminado, trabalhar, residir. Mas a não ser que você tenha saído do Brasil criança pequena e criado em um novo lugar você nunca vai ser um deles (escolha a nacionalidade que desejar). Você pode se integrar, saber do lugar mas sempre vai ser um brasileiro. Isso vale para quem tem passaporte europeu, japonês, africano, etc e etc. Você pode ter 5 nacionalidades e passaportes e aprender coisas em diversos lugares mas nacionalidade não é como roupa que você troca.

E o orgulho da minha família, Druida?  2015, pessoal. Eu tenho orgulho dos meus antepassados mas eles falecerem ou virão a falecer. Os respeito mas eu sou eu e tenho orgulho do que sou, do que faço, tento construir a minha historia. Ponto final. Bola pra frente.

A que ponto chega o fanatismo de se integrar ?Sei de pessoas brasileiras que vieram morar na Itália por 2 anos que brigaram com outros brasileiros por "não cortarem pizza ao modo italiano". Ou por usarem um molho de pasta não italiano e aqui posso dar um milhão de exemplos sobre picuinhas que presenciei na Itália de gente maluca que quer se autoafirmar como falsos nativos. Eu cozinho bem , adoro cozinhar, conheci muitos lugares e sempre aprendi coisas novas mas nunca ao ponto de brigar com outra pessoa para provar uma coisa que não sou e aparecer no Facebook ou no falecido Orkut como "a pessoa integrada".


Em um outro vídeo do Fabio ele afirma que não existe crise na Itália. E claro, pega como exemplo o amigo do amigo que tem trabalho. Aquela pessoa que diz não generalizem mas generaliza pegando ela como exemplo. Hoje a Itália começa a dar uns passos lentos de recuperação mas muitos italianos ainda hoje migram para a Austrália, Reino Unido, EUA e Brasil. A crise existiu de fato e para uns ainda existe.

O Fabio não sei se viaja muito ou morou em outros lugares mas ele parece sofrer de uma coisa comum com brasileiros que se fecham na sua bolha de vidro em terras italianas. As pessoas acham que a Itália é padrão de comportamento em tudo. Muita calma nesta hora. Em muitas coisas a Itália passa longe de ser exemplo assim como o Brasil. Ambos podem possuir uma ou outra coisa exemplar mas em geral não são aquela Brastemp. Devo avisar ainda em 2015 para algumas pessoas sem noção que todo lugar possui defeitos e qualidades. Vamos acordar pessoal.

Basta você pegar um avião e ir visitar uns lugares na Europa que você vai ver europeus que nada se importam em como comer uma pizza, se você tem sotaque, se você detesta café ou vinho. E ninguém vai xingar ninguém por isso. Sem picuinhas. Cada um tocando a vida. Claro que uns são racistas como existem em qualquer lugar, mas ninguém vai te incomodar porque você cortou uma pizza diferente. Esta doideira que beira a doença acontece somente na Itália.

Saiam da Itália, pessoal. Peguem a avião para conhecer um outro lugar e quebrem este padrão de comportamento italiano achando picuinhas uma coisa normal na Europa. Não é normal e revela uma boa parte da cultura de um povo traumatizado. Abram a mente de vocês.


12 comentários:

  1. Muito bem dito Druido! Eu conheço gente assim. Eu costumo dizer que não é um papel que vai mudar a sua condição de não italiano. Eu sou e sempre serei brasileira. Ainda que eu viva aqui por 30 anos. E serei tb considerada tal pelos "nativos"

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  2. Detesto gente babaca que quer ser mais italiana( ou alemã,ou suiça,ou seja lá o que for )que os próprios italianos(suiços,alemães,etc).
    Este tipo de coisa acontece com deslumbrados,que não eram nada no próprio país,e que querem causar.E não só com brasileiros não.Conheço muitas mulheres do leste europeu(Kosovo,Romênia,Polônia) que se casaram com italianos ou suíços.Eram mortas de fome e prostitutas no pais de origem e hoje querem ser mais suiças e italianas que os suiços e italianos.Defendem os paises onde vivem de forma irracional e até se RECUSAM a falar a lingua patria com os filhos ou compatriotas.Fingem abertamente serem o que não são.Fazem nojo.
    E há crise sim na Itália.E como há.Muito desemprego.Pouco dinheiro.Muita crise.Está bem pior que o Brasil.
    Eu tenho uma amiga brasileira rica.Tem boa profissão,vem de família classe alta,culta,estudada.De origem italiana,ela já gostou da Itália mas hoje odeia .Só mora na Itália por causa do marido.Louca pra voltar pro Brasil.Mas o marido tem muita estabilidade na Itália.O maior preconceito que ela sofre é de brasileiras mortas de fome e estrangeiras mortas de fome que nada são nos seus países além de prostitutas e que morrem de inveja dela por ser uma brasileira rica.

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    1. Quando morei na Alemanha conheci um Búlgaro que tinha cidadania Espanhola (imigrou pra Espanha ha muitos anos, mesmo antes de ser parte da União Européia) e se dizia Espanhol. Tentando ser amigável, perguntei da onde ele era (o nome não era Espanhol, era um nome eslavo) e ele dizia "Espanha". Tentando ser amigável perguntei da onde era a familia dele, e ele disse "Eu e minha familia somos da Espanha". Percebendo que ele n queria falar, não disse mais nada. Meses depois descobri que ele era Búlgaro
      Alem disso, ele fazia muita critica a outros imigrantes que moravam na Alemanha e dizia que Soh gostava de conversar com Alemães.
      Vários Brasileiros que conheci na Alemanha, também se comportavam da mesma maneira, inclusive um que me disse algo como "Já sou muito alemãozinho pra se acostumar com a desorganização da Itália". Na ocasião ele estava falando sobre Roma.

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  3. - integrar-se a culutra local
    - trabalhar/produzir
    - ter amizades locais (aprofundamneto da integração)

    só isso já leva uma vida inteira

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  4. Gosto do Fábio , pois ele semeia esperanças,já o amigo Druido ...

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    1. Gosto do Druida pois ele fala exatamente a verdade sobre os italianos e acaba de uma vez com esta paixão nada recíproca de vocês por eles.

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  5. Ele fala algumas coisas sensatas mas muitas mentiras de uma imagem italiana da novela das 8.

    Preferimos a realidade do que mentiras e esperança românticas. Nunca iremos preferir a fantasia a realidade.

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    1. O Fábio vende orientaçoes e busca de documentos e etc com a finalidade de concessão de cidadania italiana.Se ele não der esperanças e jogar 171 nos brasileiros que querem cidadania,se ele realmente contar como é a Itália,ninguém vai comprar o trabalho dele.Quem vai ser louco de investir tanto em uma cidadania italiana se souber como é a Itália real?

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  6. O cara é mais um "vira-lata" brasileiro, que ama tudo que é de fora. Além de tudo é fascista. Publica textos de direita, contra a CLT e exalta políticos como João Dória. Para uma pessoa que se dizia pobre, trabalhador, saiu do Brasil com 1.100 Euros, etc... é um belo "pobre de direita", senzala que puxa o saco da casa grande. Ele mesmo não passa de um "refugiado" legalizado na Europa. Sou neto de Italianos e Portugueses. Posso ter a dupla cidadania de qualquer um desses países. E certamente terei, para viver alguns anos em Portugal, após me aposentar, para curtir e viajar pela Europa. Mas sou BRASILEIRO. E defendo meu país daqui. Não fujo dele e fico defendendo fascistas de longe. Muito menos o fim da CLT e a legalização da escravidão moderna no Brasil Pergunta pra ele se a Itália não tem leis trabalhistas. Ou a França.

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  7. Conheço pouco da Itália e espero um dia conseguir minha cidadania. Mesmo tendo sobrenome italiano (e Espanhol) e achando a Itália (e Espanha) relativamente parecidas com o Brasil, tive um choque cultural bastante grande nesses locais. Conheci um pouco Soh da Itália, mas da Espanha, onde conheci mais, notei que são, mesmo nao parecendo, bastante diferentes dos Brasileiros em muitos aspectos, em coisas que eu nem imaginava. Não estou discriminando: creio que em todos os lugares tem ótimas pessoas, mas , não eh por ser descendente, que a pessoa vai integrar em um segundo em que sociedade for. Vale lembrar que a Itália não é aquele pais das novelas ou do senso comum , onde todos Soh fazem festa e dançam tarantella o dia todo, tudo eh muito lindo e romântico.Talvez por associar a Itália a isso, tantos Brasileiros acham chique as vogais duplas do Italiano, que na verdade apenas são uma regra gramatical, como Ç e tio em português. Também a maioria dos italianos atualmente não comem polenta ou Parmegiana (que pelo que sei originalmente, Soh existe de beringela)

    E sobre comida, o que parece (de novo, conheço Soh um pouco da Itália, então não tenho certeza) eh que o Italiano da muita importancia para certas coisas. Sinceramente, não sei se todos os italianos são assim, mas conheci muitos Europeus (nao italianos)que comem pizza com ketchup, usam mussarela (não o de búfala, mas que tem outro nome na Europa) como queijo ralado e outras coisas.

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  8. KKKKK lendo esse texto lembrei de uma prima que mudou de Tangará da Serra/MT para Curitiba/PR e se achava a curitibana com sotaque e local de nascimento!!!

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Seja bem vindo e volte sempre para postar.Seja educado que as pessoas serao educadas com voce.Manifestos racistas e xenofobos nao serao bem recebidos.Argumente com fatos e aprenda a aceitar a opiniao dos outros.

Druida e Maga.